A Igreja, por querer de Deus, defende o legítimo direito à propriedade privada, mas ensina que sobre toda propriedade particular pesa sempre uma hipoteca social. Ou seja, quem possui uma parte deve administrá-la em benefício de todos, porque os bens da terra não podem ser aproveitados por alguns poucos. O rico e o pobre têm igual dignidade, já que «quem os fez a ambos foi o Senhor» (Pr 22, 2). “Ele criou o pequeno e o grande» (Sab 6, 7).
Como consequência prática: cada camponês tem direito natural de possuir um lote razoável de terra para estabelecer o seu lar, trabalhar para a subsistência da sua família e gozar de segurança existencial. Além disso tem o direito de contar com meios de formação técnica, empréstimos, seguros e acesso ao mercado. Enfim, quem consome recursos, necessários para a sobrevivência de outros, numa tal medida que causa pobreza nesta e nas gerações futuras, deveria considerar-se como infringindo o mandamento divino: ”não matarás” (cfr. Enc. Laudato si n. 93-95, Papa Francisco) |
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Outubro 2015
AutorPe. Ricardo Leão Categorias
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